Dessa vez, conversamos com a outra Brasileira do time, a mais recente à se juntar ao projeto, Carol. Veja o que ela têm pra dizer sobre sua experiência e o festival.
[Adilson] Como é que você veio parar na República Tcheca? O que você faz, com o que trabalha?
[Carol] Depois que conclui meu mestrado em letras, decidi que era hora de explorar o mundo, deixar o Brasil para trás por um tempinho e viver uma experiência internacional. Mandei meu currículo para todos os cantos, de Singapura à Romênia. Por sorte, a primeira resposta que obtive veio da República Tcheca. Então de certa forma podemos dizer que esse país me escolheu. O que era para ser apenas um ano acabou virando cinco, então estou aqui há todo esse tempo trabalhando como professora de idiomas.
[Adilson] Como mais nova contribuinte do Time Kino Brasil, me conte, como foi que você se juntou à equipe? Está gostando?
[Carol] Frequento o Kino Brasil desde que me mudei para cá, mas esse ano resolvi levar essa relação para o próximo nível. Resolvi então mandar uma mensagem nas redes sociais e ver no que dava. Pra minha surpresa, a equipe foi muito receptiva e acolhedora e fiquei muito contente com o voto de confiança. Sempre imaginei que organizar um festival desse porte fosse difícil, mas não sabia que seria tanto. Mas todos os outros membros da equipe são uma grande inspiração, porque vejo o quanto eles se dedicam para fazer com que tudo dê certo. Espero que a minha contribuição esteja à altura!
[Adilson] Você, assim como boa parte de nós, é amante de filmes. Nos conte sua estória sobre seu relacionamento com cinema – deverá ser bem interessante para nossos leitores.
[Carol] No Brasil, eu e um grupo de amigos organizávamos um cineclube em que exibíamos comédias italianas em um cinema histórico em nossa cidade. Então já estava um pouco familiarizada com as dificuldades (e os prazeres) de organizar eventos e atrair público. Eu fazia até pipoca em casa e levava para distribuir de graça nas sessões, para garantir uma experiência completa para os espectadores.
Também me entusiasmo muito pelo cinema Tcheco. Penso em um dia realizar um festival de cinema tcheco no Brasil, então por que não começar fazendo exatamente o contrário?
[Adilson] Descreva o que é que você faz no time. Como é que está nos ajudando? Você se sentiu bem recebida?
[Carol] Como esse é o meu primeiro ano e ainda estou tentando descobrir meu papel nisso tudo, estou tentando fazer de tudo um pouco, de atualizar nossa página na internet a distribuir panfletos em cafés e bares. O mais desafiador para mim têm sido ser mais ativa no Facebook e Instagram, já que sempre fui mais misteriosa nas redes sociais. Mas estou aprendendo muito e a equipe inteira sempre fez de tudo pra tirar minhas dúvidas e me ajudar a entender o processo.
[Adilson] Qual filme você está mais empolgada para ver? E qual seria sua recomendação de eventos acompanhantes? Temos muita coisa preparada para nosso público.
[Carol] Não dá pra negar que os filmes do Kléber Mendonça sempre me chamam a atenção, por ser um cineasta que eu admiro muito e que sempre acompanhei. E Vidas Secas, é claro, um clássico do cinema e da literatura nacional. Sou muito desengonçada para o samba, então é natural que eventos como as degustações de comida e café brasileiro despertem mais meu interesse. E o quiz também vai ser bem divertido!
[Adilson] E finalmente, o que você espera do festival? O que lhe faria feliz e satisfeita com nosso trabalho ao final da edição desse ano?
[Carol] Sinto que estamos em uma parte do mundo em que ainda se sabe pouco sobre o Brasil, portanto iniciativas como essas são importantes para difundir cultura e conhecimento. Espero ver sessões e eventos lotados não só de brasileiros querendo matar a saudade de casa, como de tchecos e pessoas de outras nacionalidades aprendendo mais sobre o meu país e se divertindo com tudo que planejamos para o festival!
Veja a programação aqui.
Comments